Um amor para sempre

Corria livremente pela pequena vila

Pulava corda e brincava de três Marias

Ajudava a mãe nos afazeres de casa

Vivia sua infância com imensa alegria

Foi crescendo, crescendo até se tornar uma bela moça

Até que um belo dia veio conheceu seu verdadeiro amado

Entre os dois nasceu um amor quase que instantâneo

Desde daquele momento a vida mudou completamente para ambos os lados

Certo dia sentiu no corpo um mal estar.

Foi ao médico para descobrir que tinha

Pois a febre começou a ficar alta

Sendo internada quase ao final do dia

Passou por muitos exames interminaveis

Pois aquela febre alta não era normal

Veio o médico para uma conversa reservada em família

Quando a noticia foi dada todos sentiram um golpe mortal

A jovem tinha contraído um câncer

Que passou a lhe alojar em um dos seios

O namorado quase noivo ficou desesperado

Mas o grande amor entre ambos falou primeiro

O seio direito passou a ser tratado

Mas veio outra notícia com o tempo que pegou a família mais uma vez de surpresa

Um novo câncer surgiu em seu corpo agora nas costas ao lado esquerdo

Mais uma vez deixando a família uma imensa tristeza

No hospital quase todos os dias o seu amor ia lhe visitar

Até que um dia ela inesperadamente lhe fez um pedido

Pois mesmo sabendo que iria morrer

Mesmo assim queria ela tê-lo como marido

Ás lágrima de ambos desceram pelos seus rostos

Foi um momento para ambos quase que infinito naquele momento

Ele respondeu que era aquilo que mais queria

Em uma tarde ensolarada foi concretizado o grande casamento

A doença impiedosamente foi avançando

Mas com ele ao seu lado ela foi lutando sem desanimar

Com os tumores já em lados diferentes

Ela muito magra e fraca nem o seu corpo em uma cama podia mais repousar

Dormia sentada em uma cadeira

Passando a ter dores terríveis e angustiante

Enquanto seu corpo mais frágil com o tempo ficava

Mas o grande amor entre os dois não fraquejou nem por um instante

Sua refeição era servida em um colher de sobremesa

Tomava água por um canudo transparente

Seu corpo era leve como uma pena

já começando a formar feridas em seu corpo já cambalente

Em uma manhã de sol

Ela deu seu ultimo suspiro

Foi um fim por todos esperado

Foi carregada até ao caixão pelo querido marido

Ela se foi

Mas as lições ambos deixaram

Ao me lembrar de tudo isto

Faz com que eu escreva com muito mais entusiasmo.

Aos meus primos com gratidão.

Luiz Carlos Brizola
Enviado por Luiz Carlos Brizola em 07/10/2013
Reeditado em 18/10/2013
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