FILHAS NOS ARES.
Toda vez que minhas filhas viajam de avião,
Meu coração bate descompassado.
O peito parece apertado, angustiado.
Vejo aquele pássaro de prata singrando os ares,
E penso que ele está levando meus tesouros para sempre;
Para a última viagem, para nunca mais voltarem.
Meu Deus, diga-me que não! Afasta de mim este pesadelo!
Mas, não tem jeito. A ansiedade me domina e me sufoca.
Quando elas vão, levam um pedaço de mim.
Apavoro-me em pensar que elas não vão mais voltar.
E só quando voltam é que eu me completo.
Sinto-me mais leve que uma pluma ao sabor dos ventos.
Sempre espero que o avião fique invisível aos meus olhos...
Agarro-me às preces até ouvir a boa notícia: - Pai, chegamos!
Mas, é por pouco tempo, pois a notícia chegou e elas ainda não.
Por mais que o tempo de viagem seja curto,
Tudo é demasiadamente forte dentro de mim:
Pensamentos, sentimentos de perda, uma saudade sem fim.
Meu Deus! Diga-me que não! Meu Deus! Proteja este avião!
Toda vez que minhas filhas viajam de avião,
Meu coração bate descompassado.
O peito parece apertado, angustiado.
Vejo aquele pássaro de prata singrando os ares,
E penso que ele está levando meus tesouros para sempre;
Para a última viagem, para nunca mais voltarem.
Meu Deus, diga-me que não! Afasta de mim este pesadelo!
Mas, não tem jeito. A ansiedade me domina e me sufoca.
Quando elas vão, levam um pedaço de mim.
Apavoro-me em pensar que elas não vão mais voltar.
E só quando voltam é que eu me completo.
Sinto-me mais leve que uma pluma ao sabor dos ventos.
Sempre espero que o avião fique invisível aos meus olhos...
Agarro-me às preces até ouvir a boa notícia: - Pai, chegamos!
Mas, é por pouco tempo, pois a notícia chegou e elas ainda não.
Por mais que o tempo de viagem seja curto,
Tudo é demasiadamente forte dentro de mim:
Pensamentos, sentimentos de perda, uma saudade sem fim.
Meu Deus! Diga-me que não! Meu Deus! Proteja este avião!