SE VIVO ELE ESTIVESSE...
E lá se iam 108 anos...
Meu pai, meu velho
querido, amado pai
guerreiro Jorge...
Que sempre trazia amor
no alforje do seu coração,
aquele amor que era alimento
pra saciar nossa fome...
Era, por assim dizer,
o insuperável homem
que dizia o que devia ser
a evitar-nos do sofrer.
Quando de viagem
em nosso lar chegava
era aquela alegria
a festa que mais se esperava...
A mim o seu carinho
no meu carinho de caçula...
O festejo redobrava
inda hoje lembrar-me ulula...
Digo sempre a me ouvirem
aos quatro ventos e cantos
o amor de encantamento
a paixão dos meus encantos...
A minha incondicional amizade-amor
comparável tão somente a Mauro,
meu filho, esse jovem senhor
com o qual, dia a dia me restauro...
Mauro, quando homenageio minha mãe
Maura, que me deu régua, compasso,
esquadro e transferidor, e agradeço a Deus,
e repasso aos demais filhos e irmãos esse fervor!
Sem esquecer netos e netas,
que há de seguir nossas metas
de avôs, avós que concretam
o caminho, a estrada desse mesmo amor.