Era uma vez
Era uma vez...
Dedicado Felipe Augusto meu filho e Janne sua mãe.
Um menino
De olhos negros
E expressivos
Eu, apreensivo...
De tão tranquilo que fiquei
Em meu peito o acolhi.
Porque um menino?
Se era um bebê!
Ah, eu não sabia
De ser pai, nada entendia
Seguia o que a Mãe dizia.
Coração de mãe é que sente
Pois, ela sorriu, cuidou
Chorou, brigou
De tudo arrumou
Só da chupeta esqueceu.
Deu peito, deu afagos
Deu banhos, deu amassos
Deu a mão, deu conselhos
Deu carão, deu castigo.
Apaixonou-se!
De tudo quis largar
De tão feliz que ficou
Tai, até esqueceu-se de mim.
Quase tudo que
Ela fez com ele
Ela fez comigo
Por fim, me largou
De mim fez um amigo.
Enfim, o menino era eu
Que de tão feliz estava
Custei a entender
O que acontecia.
O gesto nobre
Do coração de uma mulher
Da alma feminina
De um faz três,
Quatro, cinco ou seis
Construindo um bela história.
01/fev/2013