HISTÓRIA DE UM AMOR: a lenda no Tibete
Nas montanhas do Tibete,
dois amigos se encontraram;
Um era camponês e outro monge.
Antes da morte do camponês,
o monge o visitou em sua aldeia,
Distante do monastério a uns 15 km.
O camponês havia perdido os pais
e só tinha uma irmã nova,
Que era apaixonada pelo monge.
Ambos não sabiam;
e ela mantenha seu coração
Em segredo e prece: em ninguém confiara...
O camponês, vendo sua hora chegar,
E, ao monge, quis entregar sua irmã
Para que a mesma se dedicasse
à limpeza do templo tibetano.
Dias se passaram,
a irmã foi aceita à comunidade das monjas.
O monge já estava velho, anos depois.
E ela não era mais novinha:
tinha seus 40 anos;
o monge era o dobro da idade dela
e ambos se encontram no dia das oferendas e preces.
Ambos riram juntos,
Oravam juntos, choravam juntos,
Pensaram que era só isso.
Mas, a inveja dos olhares
curiosos impôs limites;
O Dalai-Lama os chamou,
e eles obedeceram,
Porque, durante a vida inteira,
Eles estavam naquele lugar.
Ficaram reclusos:
O monge sem poder ir ao templo
Por um longo tempo;
a monja foi indicada ao casal
de sitiantes próximos das escarpas
do monastério para plantar e colher
morangos durante dois anos.
Ambos sofreram muito:
Pareceu-lhes um deserto da Mongólia
E não sabiam por que a língua
Poderia envenenar até o monastério.
Houve uma epidemia,
O monastério se esvaziou;
O Dalai os recrutou para cuidar
Cuidar dos doentes.
Diante de tantos doentes,
Eles se viram e se apaixonaram:
Dedicavam-se à curar a dor
E, graças à dor dos outros,
Conseguiram minorar a dor
De seus corações...
A lenda disse que, certo dia,
Também doentes, foram encontrados
Diante de Buda com as mãos dadas,
Estavam mortos: porém, sorriam.
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"Antes da invasão chinesa, uma vida espiritual de devoção e uma vocação monástica eram consideradas uma profissão viável. Um terço da população masculina do Tibet habitava os milhares de mosteiros espalhados pelo país; os mosteiros femininos, repletos de mulheres, também eram numerosos.
Existe uma tendência compreensível em romantizar aquele Tibet que existiu antes da violenta invasão chinesa. Entretanto, é um erro pensar que o Tibet era um Shangri-Lá, onde todos eram iluminados, felizes, vegetarianos e não-violentos.
Apesar do Tibet provavelmente dispor da "mais sofisticada tecnologia espiritual e da melhor compreensão das ciências interiores", não podemos fingir que era uma sociedade perfeita. Ainda tinha um longo caminho a percorrer. Antes de trazer para o cotidiano aquilo que parecia dominar no mundo espiritual.
Na verdade, quando examinamos o Tibet com atenção, através de uma visão racional e humanista, temos que admitir que era uma teocracia medieval, onde a democracia, a alfabetização e os modernos avanços da medicina ainda não haviam chegado.
O que importa hoje é extrair o ouro do minério do Himalaia — encontrar a essência dos ensinamentos da sabedoria imutável nas encostas pedregosas da cultura asiática, da teologia e da anacrônica cosmologia."
FONTE:http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080401113909AAEKg96
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"A história do Tibete teve início há cerca de 2 100 anos, quando foi primeiramente ocupado por uma civilização. A história tibetana está focada principalmente na história do budismo no Tibete. Isto é em parte devido ao papel central desta religião tem desempenhado no desenvolvimento das culturas tibetanas, mongóis e manchus e, e em parte porque quase todos os historiadores nativos do país foram monges budistas.
De acordo com os vestígios arqueológicos encontrados no Tibete, presume-se que seus primeiros habitantes humanos apareceram 10 mil anos aC. No entanto, devido à natureza nômade das tribos do Tibete, não está até 2.300 anos atrás, quando começam a ter uma presença visível na história da Ásia. (...)
Os primeiros europeus a chegar ao Tibete foram missionários portugueses que chegaram pela primeira vez em 1624 liderados por António de Andrade. Eles foram recebidos pelos tibetanos que lhes permitiu construir uma igreja. O século XVIII trouxe mais Jesuítas e Capuchinhos da Europa. Eles gradualmente encontraram a oposição dos lamas tibetanos, que finalmente os expulsaram do Tibete em 1745. (...)
O título Dalai Lama, foi restaurado em novembro de 1908. (...)
O Tibete, no início do século XIII, havia sido anexado ao império de Genghis Khan, mas quando este morreu, em 1227, o Tibete parou de pagar os altos impostos cobrados, o que o levou a ser invadido pelos mongóis sob o comando do neto de Genghis Khan, Príncipe Godan. Este convocou o mestre da escola Sakya para a oficialização da rendição do Tibete, mas estes adotaram o budismo também como religião."
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Tibete
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MEDITAÇÃO
Traduzida como dhyana, em sânscrito, ou jhana, em páli, a meditação é uma paramita (ver pág. 78) da tradição Mahayana, ou do norte. Meditar significa cultivar e desenvolver a atenção, a concentração e o discernimento calmo e pacífico. Com o tempo, a prática sincera e dedicada pode conduzir ao objetivo último da iluminação.
Em direção à plenitude "Sempre expanda a mente meditativa, como a face da lua crescente." ATISA (982-1054), TIBETE
Em lugar nenhum "Um mestre descreveu a meditação como 'mente suspensa no espaço, em lugar nenhum'." SOGYAL RINPOCHE (N. 1946), TIBETE
MUDRAS
Gestos simbólicos feitos com as mãos e os dedos, que às vezes representam aspectos da iluminação, os mudras também são usados como auxílio à meditação. Observe a ilustração de Buda, sentado, com a palma da mão esquerda voltada para cima, e as pontas dos dedos da mão direita apontando para a terra.
Esse é o mudra bhumisparsha (testemunhando a terra), que se refere à iluminação de Buda sob a árvore bodhi (ver págs. 28 e 29).
Fluxo suave "Na meditação profunda, o fluxo da concentração é contínuo, como o fluir do óleo." PATANJALI (C. 200 A.C.), ÍNDIA
Mente de uma ponta só "Faça sua mente ter uma ponta só na meditação, e seu coração será purificado." BHAGAVAD GITA (SÉCULO I OU II)
Apontar diretamente "Ao longo dos séculos, o Zen ramificouse em diferentes escolas, mas o objetivo é o mesmo: apontar diretamente para a mente e o coração humanos." YUAN-WU (1063-1135), CHINA
O poder do discernimento "Pára de falar e de pensar, e não haverá lugar ao qual não poderás ir. Retornando à fonte, ganhas o significado; perseguindo formas, perdes o todo. O discernimento de um momento transcende tudo." SOSAN, O 3O- PATRIARCA ZEN (M. 606), CHINA
O maior presente "Aprender a meditar é o maior presente que você pode se dar nesta vida." SOGYAL RINPOCHE (N. 1946), TIBETE
Não espere resultados "Não é preciso que tenhamos experiências extraordinárias ou inesperadas na meditação. Isso pode acontecer, mas, se não ocorrer, não é sinal de que o período de meditação foi inútil." DIETRICH BONHOEFFER (1906-1945), ALEMANHA
Coração e mente
O mestre da Antiguidade indiana Santideva declara: "Tigres, elefantes, ursos, serpentes, todos os inimigos, guardiões dos infernos e demônios são controlados unicamente pelo domínio da mente. Ao subjugar a mente apenas, tu os subjugas a todos". Quando você tiver superado seus demônios, eles poderão tornar-se ajudantes e guardiões de sua meditação: seu surgimento é uma parte normal da prática, mas eles acabarão por ir embora.
Desenhos do touro
O Zen utiliza dez imagens conhecidas como desenhos do touro para ilustrar a prática. O touro representa o coração inquieto, que precisa ser encontrado, domado e treinado pelo estudante do Zen, representado pela figura do boiadeiro. Nesta imagem, o boiadeiro toca uma melodia enquanto é carregado pelo touro contente.
Resoluto "Para meditar, deixe a mente descansar em seu estado natural. Sem voltar a mente para algo externo nem concentrando-se internamente, mantenha-se livre de foco. Deixe que a mente permaneça imóvel, como a chama de uma lamparina de manteiga que não se move com o vento." PADMASAMBHAVA (SÉCULO VIII), TIBETE
Basta uma fração de segundo "O mérito de alguém que praticou a meditação de enlevação profunda pelo tempo que dura um estalido dos dedos é maior que o daquele que estuda por toda uma era cósmica." JE GAMPOPA (1079-1153), TIBETE
Quietude "Apenas aquiete os pensamentos na mente. É bom fazer isso no meio da perturbação." YUAN-WU (1063-1135), CHINA
Por toda a vida "Um homem que medita é feliz, não por uma hora ou um dia, mas por todos os seus anos." ISAAC TAYLOR (1787-1865), INGLATERRA
Lição do coração "A meditação pode reduzir o pensamento de horas a momentos. O coração pode ensinar uma lição útil à cabeça e, ao aprender, ficar mais sábio sem os livros desta." WILLIAM COWPER (1731-1800), INGLATERRA
Concentração profunda "A familiaridade com a absorção profunda elimina dúvidas. Sem ela, nada mais possui tal capacidade. Como o cultivo da concentração profunda é supremo, os sábios habilidosos a praticam assiduamente." JE GAMPOPA (1079-1153), TIBETE
Soltar e relaxar "Quando ensino a meditação, freqüentemente começo dizendo: 'Traga sua mente para casa. E solte. E relaxe'." SOGYAL RINPOCHE (N. 1946), TIBETE
A tigela de óleo "Supõe que a moça mais bela do país estivesse dançando e cantando, em meio à multidão. Um homem estava ali, desejando a felicidade, não o sofrimento. Se alguém dissesse a ele: 'Carregue esta tigela de óleo repleta até o topo entre a multidão e a moça. Um homem com uma espada o seguirá e, se derramares uma gota, ele o decapitará', será que o homem deixaria de cuidar da tigela de óleo e voltaria a atenção para a moça? Essa comparação mostra como deves te treinar para direcionar a atenção do corpo." SAMYUTTA NIKAYA
Sinais de progresso "Saúde, corpo leve, ser livre de desejos compulsivos: esses sinais indicam o progresso na meditação." UPANISHADS
Escolhendo um caminho "A meditação traz sabedoria; a ausência de meditação deixa ignorância. Saiba o que o conduz para a frente e o que o impede de avançar: escolha o caminho que leva à sabedoria." DHAMMAPADA
"1001 Pérolas da Sabedoria Budista"
Autor: The Buddhist Society
Editora: Publifolha
Páginas: 384
Quanto: R$ 34,00
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u343282.shtml
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