NETOS

Sem tê-los, sequer os imaginamos,

mas quando chegam,

por eles desintegramos.

Pequeninos gigantes de pele suave,

que nos tornam pequenos, frágeis, medrosos,

ante o vir-a-ser que desconhecemos,

mas que promete glorias e sonhos realizados.

Queremos protege-los, acima do certo ou errado,

pois os netos nunca erram, merecem mil cuidados.

Fazem arte, estripulias, malcriações,

e os desculpamos junto aos pais, sem objeções.

Neto pode tudo, pois reina absoluto,

seduzindo-nos com beijos, piscar de olhos, desenhos,

e promessas veladas de amanhãs perfeitos,

nessa jornada da vida, por eles eternizada...

Netos, como dizia o poeta: se não tê-los como sabe-los?

E sabendo-os, como viver sem tê-los?

Pois tendo-os descobrimos a nós mesmos,

como crianças pedindo a vida mais tempo...

Sandra Hasmann
Enviado por Sandra Hasmann em 11/12/2012
Código do texto: T4031196
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