Ao Pai

Meu pai era tão risonho,

Ver-te em carinho me embalando

Feliz em teu próprio sonho

De aos braços sentir o filho chorando

Quantas noites a companhia

Do teu afago amainava tanta dor,

E os olhos pequenos de alegria

Resplandeciam em seu puro amor

Cantando ao meu ouvido a canção

Que em paciência eu ouvia,

Pelo ninar era a mais terna unção

Dos lábios que apenas sentia

Mas quando eu partir não chorai,

Pois ainda te terei meu velho pai

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 23/09/2012
Código do texto: T3896178
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.