Ao Pai
Meu pai era tão risonho,
Ver-te em carinho me embalando
Feliz em teu próprio sonho
De aos braços sentir o filho chorando
Quantas noites a companhia
Do teu afago amainava tanta dor,
E os olhos pequenos de alegria
Resplandeciam em seu puro amor
Cantando ao meu ouvido a canção
Que em paciência eu ouvia,
Pelo ninar era a mais terna unção
Dos lábios que apenas sentia
Mas quando eu partir não chorai,
Pois ainda te terei meu velho pai