SOBRE A POESIA QUE DORME COMIGO

Tudo é sonho enquanto estou distante fisicamente

Mas a presença física é necessária.

Tão longe se vai o tempo nesses dias

Às vezes com um pouco de alegria no cardápio

Outras vezes tristeza no almoço e cansaço no jantar.

As meninas vão crescendo,

São flores lindas que precisam de ternura e atenção.

O calor do abraço são raios de sol

Que brilha com a luz do coração acelerado.

Quando estou para te encontrar

Meu coração dispara de forma diferente

Como se fosse um ofegante fugitivo da razão

Que procura refúgio no doce encanto dos seus olhos.

Dormindo, a poesia me usa como ingrediente de bolo

E depois me coloca na mesa de aniversário

Então eu sempre a vejo, cada vez mais bonita,

Mais iluminada , abençoada e querida.

Canto “parabéns pra você” na madrugada de outono

E acordo quando acendem as luzes.

A poesia que dorme comigo tem seu nome,

Júlia.

Júlia, minha filha!

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 24/08/2012
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