SOBRE A POESIA QUE DORME COMIGO
Tudo é sonho enquanto estou distante fisicamente
Mas a presença física é necessária.
Tão longe se vai o tempo nesses dias
Às vezes com um pouco de alegria no cardápio
Outras vezes tristeza no almoço e cansaço no jantar.
As meninas vão crescendo,
São flores lindas que precisam de ternura e atenção.
O calor do abraço são raios de sol
Que brilha com a luz do coração acelerado.
Quando estou para te encontrar
Meu coração dispara de forma diferente
Como se fosse um ofegante fugitivo da razão
Que procura refúgio no doce encanto dos seus olhos.
Dormindo, a poesia me usa como ingrediente de bolo
E depois me coloca na mesa de aniversário
Então eu sempre a vejo, cada vez mais bonita,
Mais iluminada , abençoada e querida.
Canto “parabéns pra você” na madrugada de outono
E acordo quando acendem as luzes.
A poesia que dorme comigo tem seu nome,
Júlia.
Júlia, minha filha!