Terapia dos florais
Um casulo, o ventre.
Lá está um bebê que espera ser descrito.
Como ele irá voar
depois que se transformar em gente?
Que asas, que cores,
que pavão misterioso?
Como ele irá me ver?
Que olhos, que boca,
que cheiro, que sons?
Que garras, que garra,
que medos, que dons?
Que borboleta tranqüila,
colorida e alegre
mamará nessas flores?
Que colo, que mãos, que panapaná?
Que colecionador a alfinetará?
Que drible, que gingado,
que lacre na boca, que grito?
Um casulo, o ventre.
Lá está um bebê que espera ser descrito.