Até tu, Brutus?
“Eu quero meu quinhão!
Quero a minha parte!
Dessa gleba que, à parte, sempre me foi de direito
Quero meu pedaço ou saio no braço
e quando me espalho eu faço bem feito”
O estrago é que está feito em uma família
Cujo argumento central é terra,
dinheiro, papel que encerre em todos a vil ambição
de partilhas a guerrilhas as matilhas se revelam
e o que até então disseram não tem mais confirmação
Os rancores eclodem em bombas
Numa guerra cuja honra não conhece o vencedor
Nos corações correm lavas
Que corroem da veia cava
aos neurônios do amor
Necessidade e ambição
se confundem em argumentos
réplicas e o sofrimento de descobrirem-se sozinhos
O antigo irmão amigo transforma-se num castigo
Uma pedra no caminho
Suzanes e megassenas mostram como se envenena
mais recentemente, alguém
Porém em doses homeopáticas
Não faz mal ser pragmático, já que o poder é simpático
Voltar-se ao nervo ciático dando uma olhada para trás.