Pés sobre as nuvens

Disseram-me acerca de escolhas e pessoas;

Disseram-me acerca do poder aquisitivo;

Um conselho: que pudesse ser sensível

Não aos olhos de quem vê, mas de quem doa.

Disseram-me acerca das estradas:

Inclusive que teria asas,

Voaria além de onde me bastasse

E faria com que o mundo me encontrasse.

Entretanto, nada disso, importante se tornara,

Tendo em vista a concessão outrora dada –

De ser guiado pelo anjo a me esboçar,

A me ensinar a arte de ouvir e de cantar.

Desde então canto à Terra...

Que me ouça, pois, agora, este mundo!

Ouça do orgulho que ostento de ti, meu anjo! É sincera

Gratidão pela lanterna que enviaste ao meu escuro.

Conta tudo ao teu eterno bebê – aquele risonho –;

Conta-me de cada um destes teus sonhos,

Dá-me a chance única de te ajudar a alcançá-los!

É sincera a gratidão por esta vida em que me enquadro.

Andamos com os pés sobre as nuvens...

Alcançamos nossos sonhos sem saber ou sem querer.

Nada hoje ouso dizer, querido anjo,

Pois sinto a força deste sangue, o qual me deste à tua luta!

Nada hoje ouso dizer, minha mamãe,

Além do amor por ti, a me moldar em compostura.

Caio Trova (meu filho Caio Vinícius Reginaldo de Souza)
Enviado por Caimar de Souza em 12/05/2012
Reeditado em 11/01/2015
Código do texto: T3664341
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