A MINHA MÃE

A MINHA MÃE

Quando nasci, não abri os olhos

Em vez disso, só ouvi...

Ouvi uma voz que pensei que fosse minha...

Mal sabia que vinha de outro lugar.

Tão calma, tão serena, que me pôs a ninar...

Senti tanto carinho,

Inocência tão pura.

- Serei eu passarinho, no calor do meu ninho?

Não percebi que estava abraçado sob uma manta de linho...

Senti tanto amor,

Que passou toda a dor:

Toda a dor do parto,

Não por mim suportado!

- Mas, se a dor também não era minha, de onde é que ela vinha?

Abri, então, os meus olhos

E vi pela primeira vez tudo que vinha sentindo há nove meses:

Tranquilidade, serenidade, carinho, amor e uma imagem tão linda: A MINHA MÃE!

Ah, essa, sim, era minha!!!

Só minha!!!

Jefferson Miguel – (Para o Dia das Mães)