Afinal, eu que pensei

Afinal, eu que pensei que era triste

Mas há um outro mais triste que eu

Seus passos vão pela noite que existe

Buscando ser feliz de um jeito só seu

Afinal, eu que pensei que chorava

Vi que seu pranto era maior que o meu

Como um poeta que às vezes cantava

O prazer de um louco, que o louco perdeu

Afinal, eu que pensei que sofria

Percebi que este alguém, bem mais sofreu

Seus passos vão de noite e de dia

Andando os caminhos que Deus prometeu

Afinal, eu que pensei que morria

Sei de alguém que por dentro já morreu

Como um poeta que às vezes sorria

O sorriso de um louco, que o louco perdeu.

Luiz de Matos
Enviado por Luiz de Matos em 03/05/2012
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