Casa de Dengo, Casa de Dedé.

www.pporto.blogspot.com (Patrícia Porto - Sobre pétalas e preces)

Deixei as janelas abertas pro-fundo e pra frente da casa,

pras festas, pros pássaros, pros doidos que andam nas ruas

a escrever poesias insanas, a viver sem regras, pra fora das rotas

invisíveis ao olho nu.

Deixei o tempo de molho, as barbas também,

pari dez vezes o mesmo verso

e me danei a soltar pipas de solidão.

Correndo pela varanda pra dentro do corpo,

saudade da velha, minha velha Dedé,

cadeira de balanço, sol de rachar o quengo,

doce de histórias,

as mais visíveis a ouvido nu.

Patrícia Porto

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 14/04/2012
Código do texto: T3612334
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