BEM-VINDA
(À Maria Eduarda)
 
 
 
Ouço teu grito
súbito de luz, e me comovo.
Um lilás te recobre
no primeiro espasmo,
aceno do corpo
– uma dor abrupta, talvez,
em meu agito.

A vida manda um sopro
de anjo novo,
e suaviza meu suor.
 
 
Magno júbilo de quem te fez.
Pasmo ardoroso ao redor
– um irmão, as famílias, teu povo!
Quem sustenta a flor oferta
de agrado envolto;
quem brinda
dois amores - e somos três.
 
 
Para a tua vinda
na contagem de cada mês
– Futuro maior.
À tua chegada, tua vez,
teu ninho que te aguarda
em magia – conto de fada –
estrela  salva  que brilha!...
Ah, minha filha,
como és linda
pequena  –  bem-vinda.                       

Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 27/02/2012
Reeditado em 27/02/2012
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