Cantiga de Escárnio: I Ato. A Condessa do Adultério
CANTIGA DE ESCÁRNIO
I ATO. A CONDESSA DO ADULTÉRIO
(Renan Flores)
Tenho orgulho de minha garota!
Tenho orgulho de minha filha!
Talvez algum dia se torne!
Como a mãe, uma pequena vadia!
Certa vez dominei os mares!
E agora desejo o mundo!
Talvez esse guri ainda se torne!
Como o pai, um covarde e vagabundo!
Vejo nos olhos destes pentelhos malcriados!
Como num lago, refletido todo meu passado!
Peço a Deus! Salve-me de minha péssima conduta!
Coroe-me de novo rainha dentre todas as putas!
Que eu possa de novo saborear um pênis jovem e ereto!
Senti-lo me rasgando da vagina ao colo do reto!
E que passado o efeito alucinógeno e letárgico do orgasmo!
Não seja eu atemorizada pelas eminentes dores de outro parto!
Oh, Deus! Mais um bastardo dentre as centenas que criei!
Se soubesse a sorte por estar vivo!
Por não estar não outra centena que abortei!
Deus meu, tornai-me novamente desejada por todos os tarados!
E os filhos de meus filhos! Sim! Permite que sejam todos estuprados!
Sonho em algum dia ser pega na rua desprevenida e violentada!
Morta em meio à selvageria bacanal de forma grotesca e indesejada!
Pois enfim para o Inferno irei com todos os meus patrimônios!
Reinarei eternamente sobre o pênis do Demônio!