Onde estarão as quatro estrelas?

Quando o guerreiro volta cansado
Tem sua amada princesa
Que o faz esquecer as atribulações.
Suas agruras e mazelas

A Princesa, formosa como rainha.
Dá seu ombro e ouve seus contos e
Brindou o guerreiro com quatro princesinhas.
Ele carinhosamente as chama de estrelas.

E a vida corre feliz
Sempre ao voltar para casa
Na tranqüilidade do lar
Onde desfruta descanso e lazer

Começam os pesadelos constantes
De ver sua família ausente
Nada tão triste como a
solidão do guerreiro

Rareiam suas saídas
O medo começa a persegui-lo
De perder tudo que conseguiu

Aumentou o fosso do castelo
Ergueu muralhas, mas.
De nada adiantou

E o guerreiro chorou

Quando retornou cansado
Para os braços de suas princesinhas
Que nem princesinhas eram
Mas agora jovenzinhas

Viçosas como sempre
Mais lindas ainda
Porém com o olhar sonhador
Querendo ver além do horizonte

O tempo passou o guerreiro não luta.
Pesquisa o horizonte
Cansado com a vista curta,
Onde estarão suas quatro estrelas?

Ele as revê brincando no jardim,
Mas como colibris voaram para longe
Formar outros reinos,
E produzir novas estrelas.

Porque tudo cresce?
Porque tudo muda?

Ninguém tem o direito de tirar sua felicidade,
Onde estarão as quatro estrelas?

A mão enrugada aponta o horizonte
Será que um dia voltará a vê-las?

Aqueles risos, aqueles gritos, aquela alegria.
Pulando em seu colo,

Onde estarão as quatro estrelas?

OripêMacha
do.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 28/11/2011
Reeditado em 29/11/2011
Código do texto: T3361944
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