No Labirinto do Meu Pai

Meu ser perdido, neste labirinto

De medos, palavras e lágrimas.

Feche a boca, nem mais um som.

A cada palavra sua surgem novas paredes

Por vezes avistei a saída [em um corte do pulso]

Mas tu és mestre, arquiteto de prisões

Arranca minha chave [lâmina fria].

Dobro algumas esquinas, ouço o eco onipresente

Que sussurra pelas paredes:

“Meu único filho... Guerreiro.”

Feche a boca, nem mais um som

Ou então não irei nunca encontrar a saída

Meu corpo definhará, e minha alma para sempre errará

Neste labirinto, de medos, palavras e lágrimas.

Lorens
Enviado por Lorens em 23/11/2011
Código do texto: T3351979