No Labirinto do Meu Pai
Meu ser perdido, neste labirinto
De medos, palavras e lágrimas.
Feche a boca, nem mais um som.
A cada palavra sua surgem novas paredes
Por vezes avistei a saída [em um corte do pulso]
Mas tu és mestre, arquiteto de prisões
Arranca minha chave [lâmina fria].
Dobro algumas esquinas, ouço o eco onipresente
Que sussurra pelas paredes:
“Meu único filho... Guerreiro.”
Feche a boca, nem mais um som
Ou então não irei nunca encontrar a saída
Meu corpo definhará, e minha alma para sempre errará
Neste labirinto, de medos, palavras e lágrimas.