A morte não se explica
Tenho razão em sentir saudade.
Tu foste embora sem me avisar.
Não passou de uma fatalidade.
Seu coração resolveu descansar.
A vida precisa ser renovada.
A morte é fase desta mudança.
Diante dela não somos nada.
Quem parte é uma doce lembrança.
Você se foi num triste domingo.
Foi em paz, em seu leito dormindo.
Os batimentos leves, diminuindo.
Nada ouvi, nenhum choramingo.
Mãe, sei que estás junto do Senhor.
A nossa separação é temporária.
Sua vida foi uma lição de amor.
Lição aprendida, deveras necessária.
Minha mãe partiu no dia 28 de agosto de 2011, às 4hs. da manhã, no Hospital Regional de Taubaté. Eu estava no leito, ao seu lado, e nada, absolutamente nada pude fazer. Seu coração resolveu parar de bater... ela não queria mais me dar trabalho.
Eu daria tudo, mas tudo mesmo, para continuar a ter esse trabalho com ela. Tento exorcizar dentro de mim a saudade, mas às vezes é difícil.
Mesmo assim, mesmo com toda dor, agradeço a Deus a dádiva de poder ter cuidado dela no fim de sua vida.
Esse foi um presente divino e sei que num dia qualquer, a gente vai se encontrar novamente.
Acreditem, nesses três meses conversamos muito... mais do que no tempo que estivemos juntos anteriormente, quando eu ainda era solteira e morava na casa dela.
Fique em paz minha mãe, porque eu estou absolutamente em paz... cumpri a minha missão contigo.
Fica com Deus, na companhia DELE, para todo o sempre.