Silêncio, perplexidade, inércia...
Silêncio...Calaram-se todos, mas ainda não estão mortos.
Tentam se esgueirar nas profundezas de suas inócuas mentes
Enquanto o sangue continua a circular por suas veias.
Desejariam estarem seguros, mas um fio negro insiste em os unir – ou os separar.
Perplexidade...Era o sentimento que os abatia perante tamanha sofreguidão.
Perdiam-se tentando encontrar uma solução infindável para o caos,
Mas em seus atos falhos perdem-se e matam-se, silenciosamente.
Não com a leveza da faca, mas com a dureza das palavras - ou a falta delas.
Inércia...Era como suas mentes repousavam sob o devaneio do dia.
A solidão poderia pairar por ali durante anos a fio com essa tentativa.
Tentativa de desfazer o que não foi feito e restaurar algum tempo perdido.
Tempo esse que simplesmente se perdeu num ato estúpido – ou ato nenhum.
A profanação de suas almas perecia na inconstância de se acharem, mas calavam-se.
Seus impulsos eram vãs tentativas de se deterem os pensamentos.
Suas compulsões esvaíam-se em um motivo, qualquer que fosse,
De restaurarem-se suas vidas e dignidades já destruídas por uma simples desconfiança.