Ao meu pai.

Casa simples de madeira

No quintal as bananeiras

Lembro a rua onde eu corria

Desde cedo ao fim do dia

Bate no peito a lembrança

Do meu tempo de criança

Tudo era casto e perfeito

A vida era só esperança

Quando a noite caia

Meu herói aparecia

De farda azul em alinho

Abraçava-me com carinho

Corpo rijo, olhos ternos

Manancial de amor eterno

No sofá da sala sentava

E muita história contava

Lembro do velho violão

No canto da sala guardado

Toda tardinha era tocado

Bons fados e muita emoção

Muitos anos se passaram

Os bons momentos ficaram

Retidos na minha memória

E no livro da minha história

Devo-lhe bem mais que a vida

E sempre será meu herói

Pra sempre meu porto seguro

Conforta e dá-me guarida.

William Gonçalves dos Santos
Enviado por William Gonçalves dos Santos em 05/06/2011
Reeditado em 29/08/2011
Código do texto: T3016656