Aconchego
Sou como abóbora,
Vestida com uma grossa casca,
Quase inabalável,
Enquanto dentro da veste é algo muito frágil.
Como eu queria na vida,
Um abraço protetor.
Que me livrasse das dores ,
E também do falso amor.
Um pai, talvez um irmão,
Que vestisse com carinho ,
O meu pobre coração.
Que de tanto ser cozinhado,
Minha casca ficou mole.
Com as tristezas da vida,
Que sempre nos envolve.
Elas sempre nos perturba,
Nos tira todo sossego,
Amaria no meu pai,
Encontrar meu aconchego.