GABRIELA

Menina bonita do rosto corado,

dos olhos brilhantes de preto colado,

cabelos compridos penteados do lado,

lábios vermelhos por natureza pintados

aqui está um conjunto formoso formado.

Corpo de criança bonito moldado,

se curva levanta dá saltos bem dados,

estuda pesquisa tem tudo arrumado,

gosta de roupas limpas e de banho tomado,

para perceber, os sentidos estão sempre acordados.

Inteligência do próprio espírito tirado,

faz contas, escreve versos do tipo rimado,

usa perfume infantil com leve adocicado,

de oito anos que parecem doze, o pai fica arrepiado,

amorosa, nervosa, sorriso estampado.

Joga no lixo seu chicletes mascado,

antes do passeio de gosto apurado,

confere se a blusa não tem pano rasgado,

se o bolso da calça não tem nada furado,

e o tênis de ráfia não está desfiado.

Esta é a Gabriela e dela é falado,

nada que é dela foi modificado,

quando nasceu seu dedo no pai ficou agarrado,

marcando a chegada de ouro que não é folhado,

pro resto da vida vai ficar marcado.

Zastra
Enviado por Zastra em 09/04/2011
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