A VOZ DA MAMÃE

Quando a noite derrama sobre a terra

O véu noturno da escuridão

E o mundo vai aos poucos

Turvando sua imagem,

Liberto minha alma

Que apressada voa,

Atraída pela voz

De um distante passado,

Nas asas da saudade.

De onde vem esta voz?!

Talvez de um anjo

A voar por entre as nuvens,

De onde vem esta voz?

De onde?!!!

Não é a voz da paixão

Que aos homens acorrenta

Nos desejos da carne,

Essa voz é ainda mais forte!

Mais forte que a dor,

Mais forte que a própria morte,

Tão forte como o amor!

Perdoa-me meu Deus!

Por nunca antes ter dado valor

A aquela voz que tantas vezes

Falou o meu nome nas madrugadas

Quando ajoelhada rezava

Por este ingrato filho seu.

Sim, eu sei de quem é esta voz!

E o seu nome já denunciam

Os soluços meus,

Esta é a voz que sempre me guiou

Nos caminhos desta ingrata vida,

É a voz de quem eu tanto amo

A voz da minha mãe tão querida.

Perante Deus que me vê

Das alturas do infinito,

Faço agora um juramento,

Oh! Minha mãe!

Enquanto eu for vivo

Seguir-te-ei os conselhos

Nos caminhos desta vida.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 18/03/2011
Código do texto: T2856527