Adeus

Morreu mais uma máquina

Uma máquina que é um corpo

O coração que lhe impulsionava

parou agora a pouco;

Faleceram os desejos

Apagou-se as fantasias

Adormeceram os velhos olhos

Faleceram ao amanhecer do dia;

Ficarão só as lembranças

De uma vida bem vivida

De um velho que morreu criança;

E aos primeiros raios do sol

Foi-se um corpo que não era máquina

E acabou-se a alegria.

Jean Pessoa
Enviado por Jean Pessoa em 12/03/2011
Código do texto: T2843510
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.