Emoção da razão divina
As faces mais ocultas pelo envelhecimento
Entrecortavam silenciosas mirando
Um pequeno banquinho de madeira
Que guardava uma imagem
Da crença fiel daquelas pernas antigas
Escoradas na varanda
Pronunciavam a certeza do mito de algum rito
E pousavam-lhes em corações calmos
A emoção da razão divina em vidas extintas
Em cada pedaço de roupa remendada
Cada calor sobre-humano que dinamizavam
Escondia em cada alma alguma misteriosa
Maçonaria do entendimento mais experiente
Das vivências mais sofridas
Com os olhos já pequenos e lânguidos
As lágrimas que escorregavam pelas vertentes confusas
Trazia de si uma lembrança vasta de toque
E a esperança de esperar uma morte mais feliz
E se entregavam, com tanto zelo àquelas preces!
Que as energias se sobrepunham a os seus membros pequeninos
Emoções justas depois de tantos anos de cansaços
De histórias escritas de forma linear e simples
Tão levemente simples e de objetos pobres
Era a falta de importância pelo o que podiam ter
Os sorrisos derramados em lágrimas pela alma me dilaceraram
Queria saber mais aprofundar nas entranhas dos sentimentos
Mas me limitava a olhar tão freneticamente e inerte
Que me coloquei a rezar