MINHA SOBRINHA-NETA

MINHA SOBRINHA-NETA

(Lalá)

Sete horas da manhã

A mesa posta para o desjejum

Conto os minutos um a um

Até o soar da campainha

A tia Alice dando voltas sem parar

Faz quase o trajeto terra/lua

Nas idas até a sacada vigiar a rua

Esperando a chegada da menina

Enfim termina a agonia

A porta vai se abrindo lentamente

Dois olhinhos matreiros

Espreitam o ambiente

Num misto de espanto e alegria

Chega a nossa ilustre convidada

Nossa hóspede feliz de cada dia

Sua presença alegre nos renova

E Ignoramos as dores do corpo e da alma

Por que uma vida nova em casa velha

Faz nos esquecer que o mal existe

Trás nos a ilusão que nada é triste

E que vamos viver eternamente

A fada que encanta nossos dias

Com a irreverência dos seus quatro anos

Com a seriedade de suas travessuras

Com a malícia de sua “prosa adulta”

Nos faz sentir crianças novamente

E, assim, nossa casa antes tão grave

Vai se mudando como fosse por milagre

Num palco festivo e inocente

Quem é essa menina que transforma

Um pântano em jardim de primavera?

Um corpo alquebrado em alma inquieta?

É um anjo de pureza e de ternura

É a mais bela de toda criatura

Maria Laura minha sobrinha-neta

De todas as saudades que eu guardo

Da infância, da juventude, e maioridade

Não haverá uma tão grande, assim eu penso

Do que as saudades que terei destes momentos

Que um dia levarei pra eternidade

Sebastião Generoso
Enviado por Sebastião Generoso em 28/12/2010
Código do texto: T2696164
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