Presença de Mãe

Presença de Mãe

Mãe, ao nascer

Você velava meu sono

Sorria enquanto eu dormia

Uma princesa em seu trono;

Cantavas suavemente em meu ouvido

Embalando-me em teu colo cálido

Pontinha de nariz com nariz

Adoravas a fragrância de meu inocente hálito;

Esteve presente nos meus inseguros primeiros passos

Aumentando nossa distância em centímetros cautelosos

Emociava – se a me ver concluir o árduo trajeto:

Mínimos metros, vacilantes, mas, vitoriosos;

Ficou quase louca, naquela difícil fase das perguntas

Por que o céu é azul? Pra onde vou quando eu morrer?

Ia buscar em enciclopédias e aprendia comigo

Outras, aos poucos, percebemos que não conseguiríamos esclarecer!

Nunca fechou os olhos

Aos desvios obscuros de minha personalidade em formação

Repudiou com dureza quando preciso

Mesmo que chorasse aos cantos, pela rijeza de sua ação;

Seu colo sempre foi meu

Na aflição, na dor, na incerteza,

Nada recompensa sua afável mão

Um misto de candura e defesa;

Impossível não agradecer a ti o que sou

Frágil e forte, coração e razão, menina e mulher, fogo e brio

Oh, minha doce mãe!

Obrigada por teu regaço macio!

Welma