PAI

MEU PAI

Você que um dia me abandonou,

amaldiçoando-me,

culpando-me por um erro seu...

Eu te perdôo.

Perdôo por cada momento que me fez sofrer...

Por cada pensamento,

por cada comentário seu com amargura.

Pelo carinho,

pelo afeto:

por tudo que o senhor não me deu.

Meu pai...

É como te chamo e não me canso de esperar...

É imensa a certeza de que vai voltar

para que eu possa te chamar assim...

Sei que, às vezes, angustiado, te desejei a morte.

Mas eu me arrependo de cada vez que tive ódio em meu olhar.

Como prova de meu arrependimento,

quando a morte que te desejei chegar,

eu quero estar a seu lado

e morrer em seu lugar...

Meu pai...

Não é porque me odiou um dia

que vou deixar de te amar...

Como seu filho que sou...

Que você não quis...

Clodoaldo Dias dos Reis

Dias Reis
Enviado por Dias Reis em 16/11/2010
Reeditado em 17/11/2010
Código do texto: T2619556
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