Mãe

Mãe

Marcos Moreno / Ibitinga

Mãe,

Hoje eu estou tão triste

O meu coração insiste

Ele está querendo te ver

Na casa que a gente morava

Procurei e você não estava

Meu pranto não pude conter

Mãe,

Lá tem um monte de gente

Que nem é nosso parente

E não tem nada a ver

Contando ninguém acredita

Lá hoje eu sou uma visita

Na casa que me viu crescer

Mãe,

Agora eu vivo com cisma

Com essa tal de aneurisma

Que tirou a vida de você

Levando a nossa alegria

Juro, Mãe, eu não queria

Que isso fosse acontecer

Mãe,

Na casa só tem o papai

E eu sei que logo, logo ele vai

Contigo novamente viver

Só resta lembrar com saudade

Aquele amor de verdade

Que você não cansou de oferecer.!

Mãe

Marcos Moreno / ibitinga

Obs: Sou filho de Maria e José ( dois primos ) e minha mãe com 62 anos de idade sofreu um aneurisma, ficando de cadeira de rodas por mais de 6 anos, vindo depois desse tempo sofrer outro aneurisma, sendo esse fatal.

Meu pai reconstruiu sua solidão com uma nova companheira ( Dona Cacilda ) que cuidou dele muito bem por mais de 10 anos, até o seu desencarne em Julho de 2008.

E, quando eu voltava para visitá-lo, ele em Penápolis e eu em Botucatu, era uma sensação estranha, a casa sempre cheia de gente, do lado da 2ª esposa e, eu me sentia um intruso, mesmo com todo o carinho e respeito que me proporcionavam...

Agora, mais nada existe na Casa dos meus Pais...

Marcos Moreno Ibitinga
Enviado por Marcos Moreno Ibitinga em 12/11/2010
Código do texto: T2611333
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