Poesia amiga
Hoje sozinho sem nada esperar da vida
Faço da poesia minha fiel, escudeiro e amiga.
Tirando das palavras, o que elas poderiam me ensinar.
Onde as armas serão apenas lápis e papel
E é com eles que eu enfrentarei
O percalço da vida que me forem imposta
E ás adversidades do destino
Pelos caminhos que terei que passar
Este mesmo destino que hoje me abandona
Já velho e cansado
De tantas injustiças e más amizades
Pessoas que me chamavam de amigos
E hoje me viram as costas, como se, eu.
Não pertencesse a esse mundo
Este mundo aonde veio para ser feliz.
Hoje sou esquecido e trago N’alma.
O desprezo e olhares de pena
De pessoas que passam por mim na rua
Esquecendo eles que um dia já fui jovem também
Como eles que nada sabem da vida
Pois são os que são e nada mais
Derrotados pelo egoísmo e ma fé
Onde a prepotência e arrogância
Podem fazer deles homens
E a humildade não faz parte
Do que eles chamam de viver bem
Por isso minha velha escudeira e amiga
Tão velha quanto eu, pois quando eu vim a mundo
Tu já andavas por ai espalhando fé e esperança
Pregando paz e amor nos corações dos pobres mortais
Hoje me sinto feliz por seres minha fiel companheira
Velha poesia que faz a diferença, neste silencio que me envolve.
O mesmo silencio que só é quebrado
Pelo riscar do lápis no papel onde escrevo o que a vida,
E as palavras me ensinaram,
Que sempre devemos amar ao próximo
E o próximo poderá ser você
Que ainda me chama de amigo
Volnei R. Braga