MATERNAL
Há horas duras de passar.
Horas tão difíceis de encarar...
Mas há horas que nascem
De torrentes de abraços
E jorram correntes de laços
Mesclando de cor
Um corpo sangrando
Em sal e suor.
Há horas que sobram da dor
Da navalha que rasga o ventre
Da mãe que sofre horas tamanhas
E dá todo o seu amor
Ao filho que sai das entranhas
Como um belo cisne
De asas brancas
Que deixou de habitá-la.
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)