AVÔ E AVÓ

No banco da praça eu o vejo sentado,

Ao lado brincando, seus netos felizes!

Em casa ficou a vovó tricotando,

Vai fazer prá seus netos um belo agasalho.

Ao ver esta cena, recordo saudoso

Meu tempo de infância que fui tão feliz.

Vivia na casa daqueles velhinhos

Que foi em minha vida um porto seguro.

Davam-me conselhos, e muito carinho,

“Puxavam-me” as orelhas quando precisava,

Pois era menino arteiro e sapeca.

Mas com paciência me aconselhavam;

Meu neto, não faça maldades a ninguém,

Não mate ou machuque aves e animais,

Pois eles também são filhos de Deus!

E assim fui crescendo, ouvindo os conselhos

Que os meus avôs, tão sábios, ensinavam.

Agora a saudade até dói no meu peito,

Pois sinto a falta daqueles sorrisos,

A fala macia que me aconselhava,

E os olhos tão meigos, que os meus fitavam.

Por isso é preciso amá-los prá sempre,

Cuidar, dar carinho na sua velhice,

Pois se assim for, também no futuro,

Meus netos, a mim amarão com ternura!

There Válio – 13/6/2010