O primeiro anjo

O céu se abriu naquele final de janeiro

E o meu primeiro rebento apareceu

Era o apogeu da minha juventude

Que em virtudes e vícios se mesclavam à revelia

Naquele belo dia em que o anjo chegou

Meu mundo se avivou

E o vigor do jovem que eu fora explodia

Uma imensa alegria

Uma euforia sem fim

Serafins e Querubins a trouxeram do céu

No véu que cobriria o dia primeiro

Do miúdo fevereiro que grande alma procria

Aquele que seria o meu dia

Fora antecedido por um presente

Fruto de amor ardente concebido no final de abril

Eis que tudo depois se extinguiu

Mas o ardil amor concretizado

Transformou-se em ser alado

Ao qual chamei de Primeiro Anjo.

GeBarros
Enviado por GeBarros em 25/06/2010
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