A FONTE DA ESPERANÇA
Desejo, Senhor,
Ter um grande armazém de bondade constante,
Maior que as maiores que conheço,
Para entregar sem preço
às criaturas de qualquer idade
As encomendas da felicidade,
Sem perguntar a quem.
Desejava eu ter um braço mágico,
Que afagasse os doentes,
Sem qualquer distinção,
E um lar onde coubessem
Todas as criancinhas,
Para que não sentissem solidão.
Desejava, Senhor,
Todo um parque de amor,
Com flores que cantassem
Embalando as pequeninas,
Que se acham nos leitos em poder sair
E uma loja de esperança,
Para todas as mães.
Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca se pudesse ver os defeitos do próximo,
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce,
Que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse vida e felicidade.
Rita de Cássia