DOCE PRESENÇA DE MINHA MÃE

Mortiça luz,

Ao morrer o dia.

Negras nuvens

Envolvem a terra.

A solidão se faz e

O ambiente é fúnebre.

A alma dolente

Se esvai em prantos.

Tudo se perde

Na confusão dos mundos.

Fecho a cortina,

Volto ao casulo.

Ouço passos...

Um vulto de mulher

Ganha formas,

Ocupa o espaço

À minha frente.

Tento falar e não consigo!

Escapa-me a emoção,

E eu me perco na imensidão azul

Dos seus olhos marejados.

Por um instante,

Num mudo diálogo

Senti a doce presença

De minha MÃE ao meu lado.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 05/05/2010
Reeditado em 06/05/2010
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