DOCE PRESENÇA DE MINHA MÃE
Mortiça luz,
Ao morrer o dia.
Negras nuvens
Envolvem a terra.
A solidão se faz e
O ambiente é fúnebre.
A alma dolente
Se esvai em prantos.
Tudo se perde
Na confusão dos mundos.
Fecho a cortina,
Volto ao casulo.
Ouço passos...
Um vulto de mulher
Ganha formas,
Ocupa o espaço
À minha frente.
Tento falar e não consigo!
Escapa-me a emoção,
E eu me perco na imensidão azul
Dos seus olhos marejados.
Por um instante,
Num mudo diálogo
Senti a doce presença
De minha MÃE ao meu lado.