A Mama De Obama (Matula, olupalé, oma-quisi)

A Terra é uma mulher enorme

Negra, morena, loura, branca

Amarela, A Terra, Vênus de

Forma esférica, azul e “blue”

Com mares, cavernas no

Norte no sul, com praias

Montanhas, rios, canyons

A pele vermelha postais

Nas fotos.

Uma criança desmatada

Malamada por madeireiros

Empresa natural devastada

Pelos empreiteiros da

Amazônia.

Furacões, tornados fardos

Maremotos. A Terra é uma

Mulher muito velha. Uma

Criança sem eira nem beira

Com uma libido de dá na

Telha: Mercúrio. Hermes.

A Terra é uma mulher antiga

Cantada nos contos de fadas

Que discerne miríades de

Gerações paridas para os

Fardos e lidas dos vermes.

Uma necrópole com bilhões

De cadáveres na epiderme.

A Terra é uma fruta, uma romã

Navegando ao léu, flora e flor

Árvore da vida fluindo da

Bolsa d´água, cabelos ao vento.

O recém-nascido indo e vindo

Com as eras semeando myriás

De sentimentos e esperanças

Sempre à espera da bonança.

A Terra é uma mulher

Carinhosa, a paisagem

Vistosa, os vícios de

Hera através dela gemem.

A Terra é uma fêmea

Gostosa em busca do

Sêmen que nunca sacia

Seu ardor, seu amor

No rancor da TPM

Libera devastação:

Tufão, ciclone, borrasca

Temporal, destruição.

Como uma boa madre

Mãe do vinho e do vinagre

Pare as evas de seu mar

De carne para o voo noturno

Das aves que também hão

De parir a Fênix, a mosca

A Águia e o colibri.

A Terra, esta anciã

Pedindo socorro na UTI

Girando no entorno do

Pranto e da maçã.

O sangue a circular

Nas veias da velha

Senhora a tecer

Incansáveis teias.

Implacável, sepultou

Gerações incontáveis

De gentes de todos

Os matizes da raça

Antes de descoberto

A dúvida, o porquê?

De terem nascido do

Acaso de viver.

A Terra é uma Gira

A errar no espaço

Infinito de seus raios

Beta, Roentgen, gama

Grão de areia entre

As constelações

Mínimo cristal em

Meio a estrelas:

Um ensaio inacabado

Pela ganância humana.

A Terra é uma criança

Pelo bem, pelo mal saída

Da câmera sombria

Do passado: racismo

Terrorismo, Guerra-Fria

Uma adolescente neolítica

Devorada pelas promessas

Vãs das políticas.

A Terra de Obama

Precisa de mudanças

Que podem não

Acontecer.

Na Terra de Obama

Vestida de noiva

As pernas trêmulas

Modelo na passarela

Alimenta a libido

Insaciável das feras

Do lucro.

A Terra é uma mulher

Antropomorfa de 200

Milanos. A carne viçosa

Tenra, e airosa

Pasto para os gusanos.

A Terra está farta

De guerras caras

Educação barata

A fazer sucata

De seus filhos.

À velha Senhora

Da foice, das armas

À multimilenar Terra

Resta saber se Obama

A desarmará do fogo

Paleolítico, dos espíritos

Malignos sempre em pé

Em pé de guerra.

Resta saber se Obama

Ama-a e a desarma

Ou se será mais um

Político demagogo

Deslumbrado com o

Poder de fogo

Da presidência

Dos Estados Unidos.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 25/04/2010
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2218076
Classificação de conteúdo: seguro