A LAGOA DA PEDRA
Nos meus tempos de criança, perto de minha terra natal, passeávamos e andávamos pelo cerrado e pelas grutas da região; um bando de crianças, o dia inteiro a brincar.
E nossos pais proibiam de nadar na lagoa da pedra, e até então nunca tínhamos lhes desobedecido. Mas, sabem como é criança não tem responsabilidade; resolvemos nadar.
A água estava clarinha e rasa, mas com o nosso rebuliço, ela se sujou toda. Os peixes subiram à tona como se fosse para pedir socorro, como se pedissem oxigênio. E nos crianças gostamos de ver aquilo, em nossa maldade inocente. Tratamos logo de tentar pega-los, com um balaio que achamos na margem. E eram peixes grandes. Bagres e traíras. E assim, naquela busca, naquele movimento, a tarde se foi...
Voltamos a pé..
Luiz Celso Pimenta.