TRAVESSURAS ATÉ OS DOIS ANOS
Quando era bebê, aos oito meses, engatinhava com tal esperteza
Que apostava corridas com o pai,já engatinhando com certa lerdeza,
Até a chegada final,para presenciar a pose do bebê com aquela vitória,
Sentado, com uma espressão tão rica que não me sai da memória.
Naquele rosto tinha a fala muda da mais bela história que já vivi.
Trazia nos olhos, um fascinio que eu não esperava naquele guri
De sorriso debochado e ainda sem os dentes que a idade escondia.
Tudo aquilo era apenas uma etapa do que a vida oferecia todo dia.
O ser humano é uma obra de arte feita à semelhança de Deus,
A felicidade do bebê,parecia tão pioneira como os escritos de Mateus
E para o pai,tão marcante que os anos não apagarão jamais
Estas reliquias arquivadas para as recordações de logo mais.
As surpresas não tinham fim e aos dois anos criou uma fora do normal:
Acordou-me de madrugada e fez um convite como se fosse natural,
Acompanha-lo até a sala, onde queria ter uma conversa
E nada mais fez senão falar, falar sem nenhuma pressa.
Era como se dissesse que o tempo dedicado às pessoas acumula saber
E que este era o caminho dos sábios para encontar na vida o prazer
Tudo isso em dez minutos de falas e gestos que me deixaram arrepiado
Sem saber se ouvia uma pequena criatura ou um Anjo representado.
CRPOETA - HOMEM