POEMA AOS SEUS QUAR-ENTA ANOS
Qual pastor que as ovelhas apascenta
a todos você alenta
e acalenta
e a tudo está sempre atenta
Com sua presença calorenta
transforma em cores a manhã nevoenta
a tarde pardacenta
e a noite cinzenta.
Tudo você experimenta
e fundamenta
Grandes idéias inventa
e instrumenta
Com todos você parlamenta
seus projetos comenta
argumenta
e complementa.
Com uma atitude calma,lenta,
nunca odienta,
tudo pavimenta,
provimenta,
suprimenta
E repele toda atitude fraudulenta.
A paz você sustenta,
pois nunca foi turbulenta,
rabugenta,
raiventa
ou ciumenta.
detesta qualquer atitude crueenta
ou sangrenta.
Você não é praguenta,
nunca foi rixenta
nem tão pouco pirracenta.
Jamais está desatenta,
e se alguma confusão arrebenta.
nunca se espaventa.
Nenhuma atitude violenta
você sustenta,
ou aumenta
e afasta sempre qualquer tormenta.
Com o que tem, se contenta;
nunca foi avarenta
nem lux- não tem ambições de ser opulenta.
De paz sempre sedenta,
nunca está desatenta
ou cismarenta.
Com um sorriso,a todos cumprimenta.
Sempre lamenta
e jamais se isenta,
vendo a sofrer, em noite friorenta
qualquer pessoa, estranha ou parenta,
você logo se movimenta
e dá-lhe, ao menos, uma palavra que alimenta;
A vida, você nunca lamenta
e sempre se contenta
com o que ela lhe apresenta.
Quando, acordada ou sonolenta,
em noite escura ou luarenta,
calorenta
ou friorenta,
você sente que por Deus é benta
Por tudo isto, filha querida, aos QUARENTA
você continua sendo a milagrenta
que o meu coração sustenta.
Que Deus assim a conserve aos cinqüenta
aos sessenta
aos setenta
aos oitenta
aos noventa
aos ..........
Um beijo da mãe “corujenta”
Alda
(Para minha filha Maria de Fátima)
Niterói, 20 de agosto de 1995
(Poema aos seus QUAR-ENTA anos)