TEMPO NOVO

TEMPO NOVO

era o tempo da nova etapa

princípio de convivência

entre homem e mulher

era tempo de paixão

de aprendizado do amor

amor, não só à consorte, também à prole

que nasceria desse amor

era tempo de desafios

e tempo de novos conflitos

quais?

A alma ainda não sabe

mas isso já não importa

o amor suspende as dores

os calvários codifica

e só os descobrem os corações

mas era o tempo desconhecido

tempo de novas paixões

de bebida maldita

que corrói o consciente

tempo do álcool estuprando a razão

onde a lira do estro aflora

louvando a boemia

e contamina a convivência

tempo que jaz nos porões

do reflexo da consciência

era tempo de sofrimento

do ir embora do rebento

era tempo de lágrimas doridas

chegou o tempo do ir embora

de reaver templos futuros

construídos no início;

em longínquas terras novas

rever conceitos e vícios

de plantar sementes fecundas

em limpa e consciente razão

e nessas terras estranhas

o amor que jamais acabara

voltou à antiga redoma

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 13/11/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1921151
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