A Matriarca
Muito tempo viveste em constante desarmonia maternal
Escorando-te na tênue velhice esculpida em tua fronte enrugada
Perpetuando em frases e olhares uma discórdia visceral
Entre aqueles que pariste para te acompanhar nesta longa jornada
Protegeste em teu colo um reino semeador de animosidades
Cobrindo-o com um lençol de quentes absurdos
Humilhaste os servos que te afrouxavam o cinto abrupto das necessidades
Ao passo que os príncipes e princesas na adversidade, deixavam a cidade,
ou fingiam-se de mudos e surdos
Foi aí que te viste entrevada em uma cama
Teu corpo paralisado de um lado para cumprir a pena de teu pecado
O suor escorrendo pela trilha deste negro açoite
Assustando-te com o gemido da morte que se avizinha a cada dia e noite
E agora nesta alcova onde está aos poucos a definhar
Faça uma reflexão a cada arquejo bruxuleante
Peça perdão aos servos desprezados
que acariciam tuas gélidas mãos neste instante
Se ainda quiser ao lado direito do teu venerado Deus logo estar
Olá Recantistas!
Essa poesia faz parte do meu livro intitulado "Lunático", o qual foi lançado em Fevereiro de 2009 e pode ser adquirido pelo contato deixado neste site.
Obrigado,
Evandro Luis Mezadri
Muito tempo viveste em constante desarmonia maternal
Escorando-te na tênue velhice esculpida em tua fronte enrugada
Perpetuando em frases e olhares uma discórdia visceral
Entre aqueles que pariste para te acompanhar nesta longa jornada
Protegeste em teu colo um reino semeador de animosidades
Cobrindo-o com um lençol de quentes absurdos
Humilhaste os servos que te afrouxavam o cinto abrupto das necessidades
Ao passo que os príncipes e princesas na adversidade, deixavam a cidade,
ou fingiam-se de mudos e surdos
Foi aí que te viste entrevada em uma cama
Teu corpo paralisado de um lado para cumprir a pena de teu pecado
O suor escorrendo pela trilha deste negro açoite
Assustando-te com o gemido da morte que se avizinha a cada dia e noite
E agora nesta alcova onde está aos poucos a definhar
Faça uma reflexão a cada arquejo bruxuleante
Peça perdão aos servos desprezados
que acariciam tuas gélidas mãos neste instante
Se ainda quiser ao lado direito do teu venerado Deus logo estar
Olá Recantistas!
Essa poesia faz parte do meu livro intitulado "Lunático", o qual foi lançado em Fevereiro de 2009 e pode ser adquirido pelo contato deixado neste site.
Obrigado,
Evandro Luis Mezadri