QUANDO MULHER ME TORNEI...
Quando mulher me tornei,
um desejo em mim nasceu.
A Deus orei, pedi e supliquei.
Quero ter filhos, Senhor!
Quero ter frutos, ser mãe!
Os anjos do céu me aprovaram,
à minha oração se juntaram
e Deus, meu pedido atendeu.
Presenteou-me com dois filhos,
verdadeiras bênçãos do céu!
Com eles vieram alegria, ternura, emoção,
histórias para contar e a felicidade de amar.
Mas trouxeram também a preocupação.
Noites sem dormir, febre para medir,
machucados para curar e muito pra ensinar.
Mas o mais importante de tudo que trouxeram
foi o maior amor que alguém pode desejar.
Um amor que nada pede em troca, não se cansa
e a cada dia, minuto e instante, sentimos aumentar!.
O tempo é ingrato (perdoe-me dizer assim)
Vou ser até incoerente (acho q é coisa de mãe)
Pedia a Deus que meus filhos crescessem, tivessem sucesso.
Agradecia a Deus pelos degraus que iam galgando.
Mas chorava pelo meu colo vazio e
sentia saudades das cantigas de ninar.
Pouco ficavam no ninho, compromissos a realizar.
Ora escola, ora estágio, ora passeios
e tempo também dedicado a namorar.
E agora meu Deus? Que faz uma mãe?
Fica a chorar a síndrome do ninho vazio?
Deus me deu a resposta perfeita.
Mais uma vez provou que me ama.
Mandou do céu um lindo anjo de nome Luiza,
que do meu filho, é filha, e de mim a neta muito amada!
Meu colo já não se encontra vazio...
Eu a amo muito e pra ela canto cantigas de ninar...
Anamauer (Ana Isabel)
08/05/09