SONETO PARA PAULINHO
No dia dez de março de setenta e seis,
A um sol tinindo, a pino, e um céu da cor de anil,
Veio ao mundo e chorou pela primeira vez
Paulo Roberto Lago de Salles Brasil.
Chorou pela primeira e última, talvez,
Porque aquele azul e aquele sol viril
Que o bom Deus derramou naquele dia e mês
Fez dele um astro e deu-lhe força varonil.
A música de Deus forjou-lhe a mente e a alma,
O trabalho sem trégua - o caráter humano;
Reserva-lhe o porvir vitória, loiros, palma.
Dos seus lépidos dedos se ouvem sons e trinos
Emanados do céu, quando se senta ao piano;
A mim parece um anjo entre canções e hinos.