ANDRÉ LUIZ

A N D R É L U I Z

Saudades é tão difícil dizer em palavras

Que as vezes não sei .......

Tampouco importa escrever saudades.

Vou cevando um amargo.

André Luiz com apenas dois anos de idade

A minha frente,

olha e pergunta espantado :

- Tá quente ! Tá quente !

Para quem não sabe

Esta pergunta é com referência

Ao mate que vou sorvendo ( chimarrão )

Agora, mais uma noite

Neste eterno verão que a Bahia nos proporciona.

Tenho saudades sim !

Da terra distante, chuvosa, friolenta,

Dos amores distantes.

Tenho a impressão que por nada,

nada, não se escreve......

Haverá de se ter sempre um motivo.

O que nos parece - para nós outros -

Os poetas - escrevedores de versos -

Sensíveis no dizer

Que sempre haverá de se ter uma razão.

Em nome do amor, quando se tem saudades.

Escreve-se palavras bonitas

Que dizem direto ao coração - que é -

O maior alimento da universalidade.

Escreve-se ao amor - e pronto !

A noite continua linda, silenciosa.

André Luiz, neste momento,

Sentado a minha frente

Chupa metade de uma laranja - sentado na cadeira -

Em que todos os dias - ele corre a minha frente e grita :

- cadeira minha !!! cadeira minha !!! E senta mesmo.

Damos risadas e tudo mais.

Procuro sentar a cadeira ao lado

E quando ele se descuida,

Grito-lhe:

- André Luiz, cadeira minha !!!

- cadeira minha !!!

Ele acha uma graça nisto - que fico feito um bôbo,

E desato a rir, pela maneira que ele ri.

Por agora, ele chupa quase toda laranja.

Dá-me uma semente e fala-me que é ca-ca-ca...

Pode um negócio destes ?

E assim, temos feito várias noitadas

Um ao lado do outro,

Dois anos ...

Do escrevedor de versos: tabayara Sol e Sul

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 13/01/2009
Reeditado em 13/07/2009
Código do texto: T1381894