A ARTE DO VELHO CAMPONÊS
Nesse filme em que se vê esta paisagem
Nesse descampado...
Ao som de Ravel a lente vai correndo
Por toda baixada. Vê-se ali pastando
O gado, e aquela longa estrada...
Vê- se Valquíria retirando as flores...
E a bela cachoeira... E o ipê em cores...
E as águas que ali caem...
Vê-se o rio lá embaixo perpassando
Por entre os bambuais...
E o velho canoeiro lá pescando...
E as aves vindo aos ninhos...
E em meio do pomar este moinho...
Naquele canto a arte da capela...
E um filho a espreitar lá da janela
O revoar dos passarinhos...
E aquele homem em cuja rede dorme,
É o velho camponês...
É com esses braços ora enfraquecidos
Que tudo construiu...
Foi com o trabalho que esse homem sério
Fez nesse recanto este império...
Que agora você viu.