CARTAS DO PAI - CENTEIO

Ah meu centeio

Célula vinda de mim

Vejo-te ao sono leve da infância perdida

Perdida em mim

Tua aura me cativa

E eu me resigno

Pela mortalha do tempo, este vilão

Há uma dor indelével

Que vem morar em mim

Que me lembra a cada instante

Do fim

Mas ao olhar-te

Vejo um começo em mim

Vejo o que fui no que serás

Vejo em fim,

Que sou mortal,

Mas eterno em ti.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 07/12/2008
Código do texto: T1322874
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