Adeus para mim!
Eis que agora, sou grão de areia
Nada, pequena diante de ti,
Oca por fora e por dentro,
Solidão chora no fim,
Se vou ou se fico não sei,
Pois chora a dor que errou,
Se tenho chance, pequei,
Diante de quem me amou,
O fato é que sou assim,
Todos os dias rezo por mim,
Mas, percebo que sou fraca,
E que está perto o meu fim,
Já fraca, caio por terra,
Louca me ponho a chorar,
Das vezes que precisei do amor,
De quem não soube me amar,
Devo ir embora daqui,
Para sempre nunca mais,
Vou relembrar com saudade,
Da casa que foi dos meus pais,
De toda infância fui triste,
Da adolescência nada registrei
Senão os inúmeros pecados
Que nesta terra deixei,
Meu cheiro, odor com tristeza,
Meus lábios, não falam de amor,
Meus olhos que viam a beleza,
Hoje só vêm a dor,
Nesta terra de ninguém,
Onde cada um é para si,
Onde a saudade de outrem,
Leva saudade de ti,
Adeus minha pequena sonhadora,
Saudade pra sempre terei,
Se por acaso a mim procurarem
Diga o quanto amei,
Todas as pessoas são iguais,
Dizem iguais perante Deus,
Mas, parecem diferentes,
No olhar, dos olhos teus,
Este olhar que me assusta,
Mas que acalenta minha dor,
Este seu jeito absoluto,
De tratar do meu amor
Sei que pequei por toda esta vida,
Mas na outra vou te amar,
Deixo beijo na despedida,
E não quero ver-te chorar...
Adeus meus pequeninos,
Nunca mais devo lhes ver,
Mas, diga aos nossos amigos,
Que esta mãe amou vocês.