Barquinho da Infância
Por onde anda toda a minha infância?
Será que Está extinto o meu barquinho de isopor?
Está perdida nesse mundo de ignorância...
Não se fala, ou quase nada, sobre amor;
As crianças de hoje em dia já nascem sabendo...
Como sabem, perdem a beleza da inocência,
Por conta disso, da infância, se esquecendo;
Qual continente se esconde a calma chuva?
Aquela que fazia o rio do meu barquinho...
Os meus amigos de infância se esqueceram como brincam;
Onde estou? Ainda tenho amigos? Quem é meu vizinho?
O rio que havia na minha rua...
Sumiu de vez e meu barco já não flutua;
Agora é pedra preta, seca e muito dura;
Muitos não se importam se fez sol ou houve lua.
As crianças estão sabendo o que eu não sabia...
Pra quê correr se a vida é tão curta?
Brincar na rua e se sujar era a melhor coisa que existia.
Aonde foi parar aquela infância?
Que existia enquanto a gente era criança...
Quero trocar todo este avanço da tecnologia...
Voltar ao tempo em que havia o meu barquinho de isopor;
Não era muito, mas eu tinha o que eu queria...
Amizade inocente, felicidade, paz e muito mais amor.
Maximiniano J. M. da Silva - quinta, 28 de Fevereiro de 2008