**Poema vivo**
A chuva mansa...
Dá voltas no aconchego!
Respingos...
Vão esculpindo a vidraça!
Sentidos de apêgo...
À os sonhos repassa!
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Contornos e atalhos...
Jazidos em borralhos...
De um tempo grisalho!
Em percorridos caminhos,
vai diluindo o cansaço!
***
Em brisa refaço...
Um vento teatino!
Arejando planuras!
Mitigando tristezas,
do irrevogável destino!
***
Um sim submerso,
insurge-se no contexto intemente!
Resguardando-me...
Inebriando meu ser!
Consolando-me...
Nas frases dos versos!
***
Num imperecível espaço,
da minha ilusão... Redentor!
As rimas... Imobilizo no abraço!
Num laço e versado penhor!
***
Dispo-me... Em enlêvo de temas!
Submisso engenho... E sensor!
Letras apaziguando o universo,
num onírico e anônimo poema!
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13/05/2008